Joana Bonifácio, um ano depois e a mobilização continua
No dia 24 de abril completa-se um ano da morte de Joana Bonifácio. A jovem de 19 anos foi arrastada pelo trem na estação Coelho da Rocha, em São João do Meriti, na Baixada Fluminense. Joana era uma jovem cheia de sonhos e de alegria, estava a caminho da faculdade quando teve sua vida brutalmente interrompida. Depois da morte violenta, a família passou a conviver com a absurda culpabilização e criminalização de Joana pela concessionária Supervia e pelo Estado.
Os parentes começaram, então, a investigar e levantar as mortes nos trens e descobriram inúmeras outros óbitos inviabilizados e banalizadas porque são mortes em territórios pobres e majoritariamente pretos, e como bem sabemos, essas vidas são descartáveis aos olhos do Estado.
Nas palavras de parentes de Joana Bonifácio, “a memória é uma forma de reconstruir a história, por isso vamos lembrar os nossos”. Desta forma, eles convidam todas e todos para reunião de organização de debate na praça de Coelho da Rocha, nesta sexta-feira, 20 de abril, às 18 horas, na sala do ISER, rua do Russel, 76, Glória, Rio de Janeiro. O objetivo é apresentar o dados que conseguiram levantar e organizar uma atividade para lembrar de Joana e de todos os outros mortos pela gestão genocida do Estado, que tem nos matado de todas as formas, principalmente pela precarização das políticas sociais. A inciativa conta com o apoio de Criola.
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