MENINA APEDREJADA NA SAÍDA DO CANDOMBLÉ
A menina K.D.T de 11 anos, foi ferida com uma pedra na cabeça, quando deixava um culto de candomblé na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Ela caminhava junto com a avó e alguns “irmãos de santo”, todos vestidos de branco, quando dois homens, de longe, seguiam o grupo proferindo ofenças à religião de origem africana.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR-RJ) disse estar acompanhando o caso. “Não dá pra dizer é um fato isolado. É uma atitude que não é religiosa, é de violência e perseguição, e está acontecendo debaixo do nosso nariz”, completa.
As imagens da menina com a cabeça sangrando, após a pedrada, causaram indignação e revolta. Diversas manifestações de apoio, surgiram em vários cantos do país. A família registrou o caso na 38ª Delegacia de Polícia (Brás de Pina, na zona norte) como lesão corporal e prática de discriminação religiosa.
A jovem que havia sido iniciada no Candomblé quatro meses antes de ter sido atacada, está traumatizada e com medo de usar roupas brancas fora da sua casa religiosa.
O estado do Rio de Janeiro lidera em número de casos de discriminação religiosa. Segundo o levantamento da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, foram registradas 39 queixas por meio do Disque 100 apenas em 2014.
O que está errado
- A abordagem dos agressores através do discurso do ódio
- O preconceito e a discriminação com as religiões de matriz africana
- O fanatismo religioso
Como os direitos da menina foram violados
- Agressão física e psicológica contra uma criança